terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

(Já) Um velho cenário

Especulação imobiliária. Migrações Interestaduais. Precariedade nos transportes. Esses são os ingredientes para o aumento do número de residentes em favelas e, também, para o aumento do número das mesmas.
A ausência de oportunidade de emprego em outro estado incentiva a migração de um indivíduo para as grandes cidades em busca de uma vida melhor. É o que acontece com um contingente populacional que mora no Nordeste, muita das vezes. Sendo assim, eles vêm para o Rio de Janeiro, por exemplo, e têm de morar perto dos locais de trabalho - que hoje, a área comercial, continua sendo o centro da cidade, mas também encontram alguns empregos na zona sul. E, por esse motivo, a favela se tornou única opção de moradia para muita gente, uma vez que residências para alugar ou comprar são caras devido à especulação e valorização de alguns bairros, e quanto mais distantes do centro e da zona sul menos possibilidades de emprego, visto que os transportes e as estradas cariocas não contribuem para a facilidade no deslocamento.
Contudo, algumas favelas já não suportam tanta gente e, por isso, a ocupação de outros morros ou mesmo próprias extensões, como no caso da Rocinha. Esse descontrole é prejudicial para os moradores, uma vez que problemas como ausência de eficácia no tratamento de esgoto (inúmeros a céu aberto) e aumento irregular da produção de lixo, sendo esses expostos a qualquer lugar causam inúmeras doenças, além, claro, do mau cheiro.
              O descontrole do solo urbano é, portanto, uma falta de planejamento num todo. Deve-se assegurar a felicidade dos moradores de cada estado, pois assim permaneceriam em seus próprios evitando um inchaço em outro. E com ele, o aumento do índice de violência por excesso populacional junto a déficits que o Brasil tem de sobra, como péssima educação.

Bianca Garcia 

4 comentários:

  1. Eu sou a favor do êxodo urbano e do aumento do investimento das regiões antes esvaziadas pelo precariedade, a fim de desestrangular as sufocantes e sufocadas capitais.

    Busquei, saí para o interior, e não me arrependo. Pena tantos outros verem tal atitude com maus olhos. E outros simplesmente estão acomodados demais para tentar nova mudança de vida.

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  2. é muito bom lembrar que essas ocupações irregulares são prejudiciais...vimos isso muitas vzs na tv, os desastres "naturais"... Eu não sei o q o pessoal de Brasilia pensa, mas é estranho ver tantas ocupações com soluções tão ineficazes...Mas infelizmente isso é Cultural...
    o bem público deixou de ser protegido...

    eu queria ver os filhos de políticos estudarem em escolas e serem consultados em hospitais de direção pública... e ainda dar uma voltinha nas favelas pacificadas...

    Excelente texto...
    esse assunto mexe comigo!

    Beijos

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  3. esqueci de falar do transporte...
    como isso tbm me irrita rs
    pegar o onibus cheio como se fossemos um navio de escravos...enquanto os poderosos andam de helicóptero com o nosso dinheiro!

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  4. Concordo com o que meu marido disse (até porque comprei esta idéia quando casamos...rs), mas confesso que não a ponto de desejar o êxodo urbano. O campo está bem demais assim, não precisamos fazer tudo ao contrário pra começar a estragar outro lugar agora... É hora de replanejar as cidades e não de criar outro problema em lugares com ainda menos estrutura. Beijos!

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