sábado, 29 de outubro de 2011

Avenida Brasil: via austera carioca

Má conservação e elevado índice de acidentes traçam o curso da avenida mais famosa do estado


Com sessenta quilômetros de extensão, a Avenida Brasil é a principal via que liga a Zona Oeste do Rio de Janeiro ao Centro da cidade. Mas em todo seu percurso ela intercepta cerca de 30 bairros e possui saída para outras importantes vias como a Rodovia Rio-Santos, Via Dutra, Rodovia Washington Luís, Linha Amarela, Linha Vermelha e Ponte Rio - Niterói.


Segundo a Prefeitura do Rio, a Avenida Brasil recebe o maior fluxo viário do Rio de Janeiro, obtendo cerca de 250 mil veículos por dia. No entanto, é válido ressaltar a péssima malha rodoviária que os cariocas encontram por esta avenida, além da violência urbana e, também, da alta frequência de acidentes. O limite das pistas é de até 90 quilômetros por hora, mas o intenso fluxo de carros provoca uma redução significativa da velocidade e um cansativo engarrafamento.


“A Avenida Brasil sempre merece atenção especial da Prefeitura - temos gerências de obras e de conservação que são exclusivas desta área. Sendo assim, optamos por um contrato de obras isolado das demais vias da cidade, que é mais do que a aplicação do programa Asfalto Liso. Serão investidos cerca de R$ 63 milhões nesta restauração”, afirmou o secretário municipal de obras, Alexandre Pinto, sobre os reparos que serão feitos na via.


Mas os que necessitam da avenida dia-a-dia relatam que precisam se prevenir quanto aos horários, principalmente na chamada “hora do rush”. “A Avenida Brasil tem pontos constantes de engarrafamento, mas para piorar temos que contar com imprevistos. Os acidentes são rotineiros, mas, além disso, ficamos apreensivos com o mau estado das passarelas, que já tiveram suas quedas noticiadas. São anos trabalhando no Centro da cidade, anos fazendo o mesmo trajeto e anos que faço as mesmas reclamações”, desabafa Gabrielle Oliveira, moradora da Zona Oeste.


“Os acidentes são ainda mais frequentes em dias chuvosos. Há diversos engavetamentos, inclusive. Em alguns pontos as pistas são bem ruins, mas a falta de sinalização é o grande problema na Avenida Brasil. Quem não conhece o Rio se perde facilmente”, completa Camilla Pires, estudante e também moradora da Zona Oeste.


De toda forma, a Prefeitura do Rio tem de tomar alguma providência quanto aos constantes acidentes na via, que se tornaram comuns aos olhos da mídia e deixaram, inclusive, de ser notícia. Muitas vidas já se perderam e isso não pode fazer parte da rotina, mesmo que seja para quem a atravessa todos os dias.


A história da construção


Em 1906, durante a Era Pereira Passos ocorreu a primeira tentativa em abrir a via para os veículos automotores, que tinha como objetivo facilitar o acesso à capital federal da época, o Centro do Rio de Janeiro. Em 1922 foi feita a primeira viagem de carro à Petrópolis, e Washington Luís durante seu governo aproveitou esse caminho para considerar diversos projetos para a futura rodovia. E para desafogar o tráfego do antigo caminho à Petrópolis, que beirava a Estrada de Ferro Leopoldina, originou-se, na década de 1940, a atual Avenida Brasil (anteriormente chamada de Variante de Acesso à Rio - Petrópolis).

Por Bianca Garcia em O Estado RJ



Observação: 

Esta matéria foi publicada dia 14 de outubro na editoria Estado.

sábado, 22 de outubro de 2011

Rio de Janeiro

Cidade maravilhosa,
do calçadão de Copacabana, do pôr-do-sol do Arpoador, do Cristo Redentor.
Cidade que canta, que encanta.
Cidade do calor, do amor.
Cidade da vida.

Cidade partida.

Bianca Garcia

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Amigos

Os amantes de números pode julgar ser pouco,
Mas que bom não precisar de outra mão para contar os meus amigos de verdade.
Que felicidade!



Bianca Garcia

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Daqui algum tempo


daqui algum tempo

vou arrumar as malas
e vou sair daqui
é disso que preciso


não dá para ficar
no meio dessa gente
que maluca vai estar


no meio dessa gente
que só pensa em dinheiro
não dá pra ficar


daqui algum tempo
eu vou ter que sair
do meio dessa gente


Bianca Garcia

sábado, 15 de outubro de 2011

Às mulheres inimigas do tempo


É difícil ser mulher e tomar conta de tudo. Do trabalho, dos estudos, das contas, dos filhos que vão chegar da escola, do corpo, do marido, da vaidade. Ser mulher, hoje, é correr contra as vinte e quatro horas. E fazer com que essas horas se tornem inimigas.

Ser linda, cheirosa, inteligente, dedicada. Pele macia, bonita, sorriso no rosto. Assunto não pode faltar. Tem que se simpática, estilosa e magra. Se não for tem que ser, no mínimo, bonita e excepcional, é o que dizem. Unhas feitas, maquiagem leve, roupa bonita.

Quanta cobrança! Ser mulher, hoje, é viver da rotina?

Já se foi a época de suas conversas com o fogão. Mas de toda forma, as mulheres de hoje, ainda são dependentes. Pode não ser do fogão e do marido. Talvez da beleza e do poder. As mulheres querem ser vistas, querem ser boas, querem ser lindas. Querem ser como na vitrine.

Não se pode falar em fraqueza, cansaço ou olheiras. Tensões, problemas e relações. Não se pode falar em dores, em ausências, em ternura. Afinal, no final, bonecas não falam, e assim querem ser percebidas.

Ser mulher, assim, é, talvez, ser escrava de sua própria figura.

Bianca Garcia

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Uma nova estrela

Se tiveres que ir, vá em paz

Não sofras ao partir                                                                                                  

Infeliz não podes ficar
No céu a alegria vai chegar
Infinito meu amor por ti
No meu coração eternamente ficará
Hoje estou aqui
Algum dia mais perto de ti

Eu sei que brilhará bem forte
Um adeus nunca vou te dar

Ter você foi bom pra mim
E de ti vou me lembrar

Agora que queres partir
Maria,
O meu coração vai chorar



Bianca Garcia