As máquinas são sinal de muito trabalho. Os tratores, que
geralmente carregam areias e pedras, agora, carregam entulhos, entulhos que
preenchem caçambas. São muitos caminhões estacionados pelas quadras mais próximas
e as faixas amarelas delimitam seu espaço, um espaço entre os curiosos e o trabalho.
Os três prédios que desabaram nesta rua comercial e bastante
movimentada no centro da cidade, agora, são apenas cinzas lembranças e mais
alguns números. Que ponha fim na contagem e fim a esta cor, que ao meu ver
nunca traz coisa boa.
Eram tijolos, concretos, tintas e objetos. Mas, agora são
apenas pedaços. Não dá pra saber o que era do escritório, do banco, da gente ou
da banca. E a fumaça, que paira sobre os
ares, deixa a região mórbida, e triste para qualquer carioca que passa. A noite
da última quarta-feira deu aos seguintes dias uma soturna sensação.
Bianca Garcia
Belo (!?) retrato em texto. Sente-se o clima do local por suas palavras. Triste pelo acontecido, e pelas vidas perdidas, principalmente por ver que há culpados, homens culpados, e não apenas o acaso ou uma fatalidade.
ResponderExcluirÉ, muito triste, Sandro. Penso, às vezes, o que não seria deste desabamento no horário comercial. Mas, infelizmente, essa é apenas mais um consequência da imprudência dos órgãos de um governo corrupto do nosso estado.
ResponderExcluirOlá! Somos leitores assíduos do seu blog, por isso lhe indicamos o Selo "Liebster Blog"
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