quarta-feira, 17 de agosto de 2011

À empresa de ônibus Pégaso

               Indignada com a situação do transporte no Rio, mais precisamente, para os moradores da Zona Oeste, enviei um e-mail-carta para a empresa de ônibus Pégaso, responsável por algumas linhas com destino ao centro da cidade.

 "Boa Tarde!

Tenho algumas dúvidas a serem esclarecidas quanto a empresa Pégaso, que presta serviço de transporte rodoviário a Zona Oeste do Rio de Janeiro.

Os destinos ao centro da cidade são sempre marcados pela superlotação e pelas falhas (ônibus que estragam no meio do caminho ou mesmo nos pontos finais). Ou seja, percebemos, nós usuários das linhas 366 (antiga S-14) e 1136, uma ausência de eficácia na qualidade do serviço dessa empresa. Isso tudo porque vocês sabem que a população depende desses automóveis para locomoção?

No site, na aba da História, há o seguinte trecho: "Dessa maneira, a Expresso Pégaso continua se aprimorando para, cada vez mais, servir seus passageiros com qualidade e tradição". Mas agora lhes pergunto: que qualidade? A tradição certamente não é a de manter sujo o nome da empresa nem mesmo de pauta para reclamações. Afinal, que empresário inteligente teria isso como objetivo?

Outra observação grave é o aumento da quantidade de microônibus circulando. É mais barato, como todos nós sabemos, pois dessa forma não há gastos com cobradores. E o motorista? O motorista continua em uma rotina densa e estressante de trabalho, onde ouve reclamações dos passageiros a todo momento - mesmo quando estes compreendem que ele não tem culpa, no entanto, pretendem que as reclamações/sugestões cheguem até os cargos máximos da empresa. Mas isso não acontece.

É uma vergonha que tenhamos que enfrentar, rotineiramente, um ônibus lotado para ir ao trabalho no centro da cidade com uma pista completamente engarrafada - cujo nome é Avenida Brasil, mas dessa vez a culpa não é de vocês. Contudo, o sofrimento não acaba por aí, pois ao sairmos do trabalho enfrentamos grandes filas e uma longa espera na chegada do ônibus no ponto final da linha 366 (antiga S-14). Ao chegar, o microônibus é rapidamente preenchido e já sai completamente cheio. Mas como há mais pontos até o final da Presidente Vargas, podem imaginar como o ônibus não passa pela Brasil.

Ainda, quanto as filas, elas também ocorrem no Terminal Menezes Cortes com a linha 1136, cuja passagem é bem mais cara. Porém , menos cheio já que não são todos os trabalhadores que podem pagar por essa passagem - R$8,00 para apenas um ônibus é incompatível com muitos salários cariocas.

Por fim, gostaria de entender até quando as passagens vão continuar aumentando e a qualidade no serviço diminuindo?

Aguardo uma resposta clara e sincera.

Desde já agradeço a atenção, visto que não são todos que ouvem ou lêem atentamente uma crítica.

Grata,
Bianca Garcia."

             Enviado em 22 de junho de 2011 não obtive respostas até hoje, incompletos dois meses de "espera". Entre aspas porque eu não poderia esperar explicação alguma de um serviço desorganizado, irresponsável e que despreza seus usuários.
            Ah, mas certamente se respondessem eu receberia promessas de melhorias e reparos. Sendo assim, prefiro não receber nada mesmo. As mentiras são mais desreipeitosas que a ausência de respostas. 


Bianca Garcia

4 comentários:

  1. Concordo plenamente com tudo que foi escrito por você, só esqueceu de incluir uma coisa. A falta de responsabilidade dos profissionais que dirigem os coletivos dessa empresa é um absurdo. Não precisa de cinco minutos parado na Av. das Américas antes da subida da Grota Funda sentido Barra da Tijuca para flagrar um infeliz de um motorista de ônibus andando pelo acostamento ou jogando o ônibus em cima dos carros que estão trafegando de maneira correta, isso não quer dizer que são todos mas é a grande maioria.

    Daniel

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  2. Olá...
    Venho tendo problemas constantes com a Pégaso também. Tentarei entrar em contato com os Órgãos de Transporte, mas sem esperanças... Sabemos como as coisas funcionam...
    Hoje esperei 2 horas para que passasse um ônibus para Santa Cruz, de 8 reais (!!!). Só passava o Santa Cruz via Pedra (12 reais!!!!!) e o 882 (entupido, impossível entrar).

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  3. Pois é, Felippe. Essa é uma situação muito comum das empresas de ônibus que fornecem o serviço zona oeste x centro, zona oeste x qualquer lugar.
    Como pode ser visto, enviei esta carta em junho do ano passado e até hoje não responderam, obviamente. Nem esperei, contudo.

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  4. GALERA, ESTAMOS ORGANIZANDO UM MOVIMENTO.

    QUEM PUDER COLABORAR AGRADECEREMOS!!

    www.facebook.com.br/palhacosdapegaso

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