quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Há tanto tipo de leitor...

No jornalismo há espaço para tudo e (para quase) todos.

Há quem só se interesse por moda. Tem gente que não sabe nem quem foi o presidente no ano de 1998 do próprio país, mas sabe qual foi a cor do verão passado. Diga-me como isso pode acontecer?
E aqueles que vão direto para a seção de entretenimento. As nights, baladas, noitadas – como você preferir, do final de semana (e também da semana). Juro, têm gente que vive de festa. Mas pula-se a idinha ao teatro e a um bom cinema.
Ah, existe também o ‘nobre’ leitor, aquele que só fecha o jornal quando o lê de cabo a rabo. Alguns possuem um pequeno Transtorno Obsessivo Compulsivo de não deixar as coisas incompletas e, por isso, lêem até o que não os interessam, como Classificados.
Há quem lê o resumo das novelas e ponto.
Não podemos esquecer-nos dos fanáticos por esporte. Esse caderno é rapidamente consumido por esses apaixonados.
Há os amantes de livros, somente. E há quem, definitivamente, não lê.
Então, há quem escreve sobre moda, cultura e lazer, quem escreve sobre política, esporte, economia, fofoca. Há leituras para todos os gostos, mas algumas desinteressam a uma massa que quer continuar na Indústria Cultural de Theodor Adorno. Afinal, é mais confortável conversar sobre o eliminado da semana de um Reality Show do que sair da zona de conforto e conversar sobre a sociedade contemporânea, seus problemas e seus futuros conflitos, não?

Bianca Garcia

2 comentários:

  1. Pois é, Bianca:

    Pensar por si mesmo exige esforço e prática constantes... portanto, dá um trabalho danado!!! Schopenhauer, no século XIX, já emitia um alerta contra a má literatura: "Livros maus são um veneno intelectual, pois estragam o espírito". Mas como distinguir um livro bom de um livro mau? O filósofo dá uma dica: livros ruins são escritos por "cabeças comuns, cabeças que escrevem apenas por dinheiro".
    Parabéns pelo blog, cujo layout, aliás, coincide com meu...

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  2. Ô, e põe trabalho nisso! Essa é uma palavrinha que incomoda muita gente e, por isso, pensar no que já pensaram é mais fácil do que ir contra uma verdade que se diz absoluta, uma opnião...
    Muita boa sua reflexão!

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