segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Ciência do governo

A política, no Brasil, tornou-se uma mercadoria posta em negociação e sua importância aparece de quatro em quatro anos. Os eleitores não mais se interessam por ela, e a perda de credibilidade aumenta em cada período eleitoral. Ou seria após o político assumir o cargo? Uma verdadeira consequência e, como de costume por aqui, tudo se transforma em uma bola de neve. Os candidatos, sejam eles à presidência ou ao senado, de uma forma geral, transformam seus discursos em algo inalcançável.
Por outro lado, a obrigatoriedade do voto faz com que permaneçamos num quadro político lamentável, uma vez que os indivíduos descrentes ou mesmo alienados – aqueles que assumem que só votam porque não têm outra opção - se corrompem vendendo seu voto. Essa venda, aparentemente, é lucrativa para eles, porém, jamais cobrirá seu direito de cidadão. Esse que se baseia, na íntegra, em sua luta por um país melhor, a cobrança da melhoria da saúde pública e da educação. O combate à saída nos piores índices do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica).
Quando as eleições se aproximam é notório o mero consumo da política. O assunto se espalha nas ruas da cidade e não sai da boca do povo, algo como debates nas cadeiras das escolas e das universidades, nas rodas dos amigos no pátio e até numa mesinha de bar. Mas, cotidianamente, ela é discutida com tanta frequência? Não. E esse é o fato. As propagandas são maciças e utilizo o termo em seus vários significados, elas são “ocas e cheias de outra matéria”*, e pesadas. Ninguém nega esse peso nas propagandas eleitorais passadas de ambos os partidos à presidência de 2011.
Chegando ao fim da apuração, as discussões cessam em menos de três dias e tudo volta ao normal. E o assunto é, momentaneamente, esquecido. Mas volta na próxima eleição.
No entanto, o voto é a maneira mais eficaz de lutarmos pela vida de nosso país. E sendo assim, não se troca ou se vende. É inegociável. Acredite!

                                                                                                                                     Bianca Garcia

*dicionário priberam da língua portuguesa.

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