terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Centro de Diagnóstico por Imagem chega ao centro do Rio

CDI oferece procedimentos sofisticados e gratuitos

Há cerca de um mês, o Rio de Janeiro ganhou um Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI) e este é o primeiro serviço deste tipo a ser disponibilizado no Estado. A unidade do Rio Imagem, localizada na Avenida Presidente Vargas, no centro da cidade, contou com um investimento de mais de R$ 30 milhões.

O Centro de Diagnóstico por Imagem do Estado do Rio de Janeiro tem capacidade para realizar 800 exames por dia e mais de 22 mil por mês. A unidade é uma das maiores da rede pública na América Latina e conta com equipamentos de última geração. O secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, afirmou não conhecer, no Brasil, um local que realize tantos exames como os que serão feitos pelo novo centro de diagnósticos. Segundo o secretário, “alguns exames que serão feitos pelo Rio Imagem ainda não chegaram à rede pública, como é o caso da tomografia computadorizada para artérias, só disponível em dois hospitais particulares e, mesmo assim, sem a cobertura de planos de saúde”.

Além da tomografia computadorizada das artérias coronárias, que diagnostica a obstrução de artérias, o Centro de Diagnóstico por Imagem conta com a ressonância de mama, indicada para detectar tumores em pacientes jovens, submetidas à radioterapia ou com prótese de silicone, e, também, radiografias e biópsias. Estes últimos exames fazem parte de uma ala inédita na rede estadual voltada para a saúde da mulher.

A unidade, com 10 mil metros quadrados construídos, está em um dos lugares mais movimentados do centro da cidade, em frente à Central do Brasil. E, segundo a coordenadora do Programa Rio Imagem, a médica radiologista Ana Lúcia das Neves, “o Centro foi criado exatamente para atender a todos, inclusive os trabalhadores, e está localizado numa região privilegiada. Se pode chegar a pé, de ônibus, metrô ou trem”.

Apesar da inciativa do Estado, a população vê o projeto com desconfiança

Segundo uma carioca, que preferiu não se identificar, “o atendimento é em menor proporção que a capacidade da clínica, já que faltam profissionais especializados e que saibam utilizar os vários equipamentos. As filas são bem grandes e há prioridade para os casos mais graves. Mas, como tudo que acontece no Rio de Janeiro, a triagem também é suspeita. Depois do carnaval eles dão um jeito de colocar pra funcionar. Este é um ano de eleição”.

O estudante de Design, Carlos Brandão afirma: “ao passar pelo Centro de Diagnóstico por Imagem todos os dias, a impressão que tenho é de um esforço das autoridades em melhorar e modernizar seus serviços, mas digo isso pelo investimento na construção – já que por se tratar de um serviço público não espero excelência em sua prestação. São muitos os recorrentes problemas encontrados na rede pública de saúde”.

Niterói também pode ganhar um Centro de Diagnóstico por Imagem

Niterói, nossa cidade vizinha, também poderá ganhar uma central semelhante. O antigo Hospital Santa Mônica, situado na Avenida Marquês de Paraná, no centro de Niterói, estava previsto para ser uma Central de Transplantes. Mas, teve o projeto modificado e, agora, o Estado pretende transformar o prédio no “Rio-Imagem 2”. Já o Hospital de Transplantes será instalado no antigo Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), no Rio.


Por Bianca Garcia em OEstadoRJ

Observação:
Esta matéria foi publicada no dia 19 de janeiro na Editoria Estado.

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