É difícil ser mulher e tomar conta
de tudo. Do trabalho, dos estudos, das contas, dos filhos que vão chegar da
escola, do corpo, do marido, da vaidade. Ser mulher, hoje, é correr contra as
vinte e quatro horas. E fazer com que essas horas se tornem inimigas.
Ser linda, cheirosa, inteligente,
dedicada. Pele macia, bonita, sorriso no rosto. Assunto não pode faltar. Tem
que se simpática, estilosa e magra. Se não for tem que ser, no mínimo, bonita e
excepcional, é o que dizem. Unhas feitas, maquiagem leve, roupa bonita.
Quanta cobrança! Ser mulher, hoje, é
viver da rotina?
Já se foi a época de suas conversas
com o fogão. Mas de toda forma, as mulheres de hoje, ainda são dependentes.
Pode não ser do fogão e do marido. Talvez da beleza e do poder. As mulheres
querem ser vistas, querem ser boas, querem ser lindas. Querem ser como na
vitrine.
Não se pode falar em fraqueza,
cansaço ou olheiras. Tensões, problemas e relações. Não se pode falar em dores,
em ausências, em ternura. Afinal, no final, bonecas não falam, e assim querem
ser percebidas.
Ser mulher, assim, é, talvez, ser
escrava de sua própria figura.
Bianca Garcia
Estamos provavelmente na pior fase da busca da mulher pela igualdade, já que ela conseguiu praticamente todo o espaço que antes era estritamente masculino, mas ainda não conseguiu convencer o homem a realizar as tarefas que eram estritamente femininas. E algumas, infelizmente, nunca acontecerão, como ficar em casa cuidando do filho nos meses iniciais, por exemplo.
ResponderExcluirAlgo realmente muito complexo.
Sandro, não compreendi o final do seu pensamento.
ResponderExcluir"mas ainda não conseguiu convencer o homem a realizar as tarefas que eram estritamente femininas. E algumas, infelizmente, nunca acontecerão, como ficar em casa cuidando do filho nos meses iniciais, por exemplo."