sexta-feira, 17 de junho de 2011

A novidade do bullying e a homofobia exagerada

       Fico me perguntando se as pessoas acreditam mesmo no que elas dizem ou se de tanto dizer acreditam. Me preocupo bastante com isso. Porque chega a ser banal como assuntos tão importantes são ridicularizados, ou, na inversão extrema, coisas sem valor nenhum são superdimensionadas.
       Os assuntos da moda são, portanto, bullying e homofobia. E, talvez, você assim como eu, não aguenta mais ouvir sobre. Todo dia, ou dia ou outro, os jornais estampam essas notícias. Mas o argumento que ninguém nunca sabe retrucar é: acham mesmo que bullying é novidade, que isso começou agora no formidável século XXI? E a homofobia, será que toda crítica a atitude homossexual será homofóbica?
       Padrões impostos pela sociedade sempre existiram. E comportamentos que julgam ideais também. Então, enquanto não ser magra ou muito magra já foi o padrão de beleza, hoje é o contrário. As pessoas estão a todo tempo em dietas, se não a procura. O que não faltam nas bancas de jornais são revistas que vendem fórmulas e formas de emagrecimento. Corpos esculturais e maquiados. Esses padrões quando desrespeitados provocam estranhamento e implicâncias. Daí surge, então, o bullying – um termo bonitinho e americanizado que nós brasileiros tomamos posse para nosso vocabulário, como fazemos muitas vezes. No entanto, isso sempre existiu. Ou você acha mesmo que ser muito magra, alta, usar óculos ou aparelhos na época da escola passava despercebido? Ou mesmo estar acima do próprio peso e ser tímida? Só que na minha época isso se chamava “pilha” e “zuações”, que deveriam ser encaradas e aceitas para que as brincadeiras não aumentassem. E aguentar, levar na brincadeira, não ficar triste nem levar desaforo para casa eram as regras do jogo.
       Já quanto a homofobia, a bandeira foi levantada. Estão todos juntos nessa causa. Mas vamos lá: cada um pode manifestar seus pensamentos sem que desrespeite o próximo, não é? Ou isso também não funciona pra gente? Contudo, a grande causa a ser fundamentada é o desrespeito ao outro por qualquer casal, seja ele heterossexual ou homossexual. Acredito que algumas pessoas não sabem pôr em prática esse pensamento e por isso são julgadas de homofóbicas. Talvez ela nem seja contra os casais do mesmo sexo, apenas não quer beijos quentes e cenas chocantes, que a deixe sem jeito. O que aconteceria também se o casal fosse hetero. Mas ao questionar isso somos claramente julgados como contra a união do mesmo sexo. Separar uma coisa da outra é muito complicado? Porque pelo que consta no Dicionário Priberam da Lingua Portuguesa, homofobia é a repulsa ou preconceito contra a homossexualidade ou os homossexuais. E no exemplo dado por mim é apenas uma opinião crítica e formada contra todo e qualquer casal. Seria, então, uma atitude homofóbica? 

       Bom, vale à pena pensar e repensar. Ouvir, respeitar.

Bianca Garcia

2 comentários:

  1. Bianca, na mosca!!! Este tal do "bullying" é mais velho que "andar para trás". Mas a mídia é assim; adora servir "comida requentada" esmerando-se em fazê-la parecer "alimento fresco". E tem um monte de gente por aí que "come" e "lambe os beiços"...
    Quanto à homofobia, ela também é muiiiiiito antiga! Na nossa cultura - predominantemente judaico-cristã - remonta ao Antigo Testamento.
    A intimidade entre pessoas do mesmo sexo é obscena? Uma ova! Obscena sim é a promiscuidade repugnante que corre solta nos "corredores do poder" deste país...

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  2. Foi o que estava comentando com você, hoje em dia é complicado tocar nesse assunto, mas acho que deve haver um limite nas atitudes, não sou preconceituoso mas da mesma maneira que respeito os demais em um local tipo um shopping sem ficar agarrando minha namorada espero o mesmo deles, pois é constrangedor. Esse é o ponto de vista de um leigo.

    Daniel

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