Aqui, a rua é o quintal de
casa
O barulho é, ainda, de passarinhos nos fios
O chinelo é a trave do golzinho
Aqui, os portões são os mastros da rede de vôlei
E a rua, o lugar da brincadeira
O barulho é, ainda, de passarinhos nos fios
O chinelo é a trave do golzinho
Aqui, os portões são os mastros da rede de vôlei
E a rua, o lugar da brincadeira
Ou da reunião com o vizinho
Aqui, as buzinas não fazem parte do barulho incessante
Não tem sirene pra todo lado
Nem transportes a todo instante
Nem transportes a todo instante
Aqui, as ruas são mais limpas
O lixeiro passa de dia
O lixeiro passa de dia
E passa na hora certinha
Aqui, as crianças correm atrás de pipas
Que vez ou outra fica no fio
No céu, a apresentação de suas danças
Aqui, não se tem muitos porteiros
Nem babá com mãe do lado
Aqui, no subúrbio, não tem governo circulando
Que vez ou outra fica no fio
No céu, a apresentação de suas danças
Aqui, não se tem muitos porteiros
Nem babá com mãe do lado
Aqui, no subúrbio, não tem governo circulando
Bianca Garcia
Vivo uma realidade bem parecida, só que um pouco amplificada, agora que vivo no interior.
ResponderExcluirSimplesmente adorei, consegui imaginar cada coisinha citada e entrar em um mundo muito diferente do que vivo.. Sério, seu texto me fez voltar a sentir algo bom!
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